Regulamento do Prémio Grémio Literário

Nova versão com as alterações aprovadas na Reunião do Conselho Director de 19 de Dezembro de 2019

O Conselho Director do Grémio Literário, ouvido o Conselho Literário, decidiu reinstituir o Prémio Grémio Literário (que foi pela primeira vez atribuído em 1966), com o regulamento seguinte:

  1. O prémio destina-se a distinguir anualmente obras culturais originais, de autores portugueses realizadas, publicadas em 1ª edição ou produzidas no decurso do ano civil anterior, nos domínios das letras, das artes e das ciências.
  2. Serão consideradas obras de criação literária (poesia, ficção ou teatro), artística (exposição, realização plástica, musical, teatral ou cinematográfica), ensaística (sobre literatura, artes visuais ou musicais, história, política, sociedade, economia e ciências), bem como a realização de comunicações escritas e orais que, pela sua originalidade, assumem especial relevância.
  3. A temática das obras consideradas deve ser preferencialmente referida ao século XIX em Portugal – dada a vocação cultural específica assumida pelo Grémio Literário.
  4. O júri apreciará os méritos das obras de que cada um dos seus membros tomou conhecimento ao longo do ano, numa selecção prévia que constará da acta da sessão de premiação, sem que seja aberto concurso público para candidaturas.
  5. O júri é constituído multidisciplinarmente pelos doze membros do Conselho Literário, sendo o prémio atribuído por maioria simples, contando duplamente o voto do Presidente em caso de empate, e a sua decisão é sem apelo.
  6. O júri reserva-se o direito de atribuir até quatro menções honrosas além do Prémio, e de não atribuir este, se assim decidir por maioria de dois terços.
  7. O prémio é anunciado no dia do aniversário do Grémio Literário em 18 de Abril. O primeiro prémio será relativo ao ano de 2006.
  8. O prémio é constituído por uma escultura/múltiplo da autoria de José de Guimarães, sócio honorário do Grémio Literário.

Prémio Grémio Literário 2022

João Miguel Almeida

pela obra

D. Manuel II - A Biografia do Último Rei de Portugal

(Manuscrito Editora, Lisboa, 2022)

Trata-se de uma obra que liga o rigor da investigação histórica à fluidez narrativa e que permite compreender a ligação entre histórias de vida pessoal e intrincadas intrigas políticas. Estas explicam o ambiente vivido e o percurso político de D. Manuel II, no seu breve reinado e depois no seu longo exílio, entre as várias facções monárquicas, bem como a lealdade que manteve para com Portugal.

O Prémio Grémio Literário é constituído por uma escultura em bronze policromado da autoria de José de Guimarães

Menções honrosas

Por constituírem dois sérios e abrangentes panoramas do que a ciência histórica explica hoje sobre esse período seminal, da instauração do regime político constitucionalista liberal em Portugal e da separação e independência do Brasil, as duas maiores transformações que as sociedades portuguesa e brasileira sofreram nos primórdios da modernidade. A elevada qualidade das colaborações de uma e outra obra tornam-nos ferramentas desde já indispensáveis para o estudo dessa época.

Miriam Halpern Pereira, Ana Cristina Araújo, Daniel Alves, Jorge Fernandes Alves, José Luís Cardoso, Maria Alexandre Lousada, Zília Osório De Castro

pela obra

A Revolução de 1820. Leituras e Impactos

(Imprensa de Ciências Sociais, Lisboa, 2022)

Roberta Stumpf e Nuno Gonçalo Monteiro

pela obra

1822 – Das Américas Portuguesas ao Brasil

(Casa das Letras, Lisboa, 2022)

Prémios de anos anteriores